O Congresso do Peru rejeitou na última quinta-feira (02/06) uma interpelação contra o primeiro-ministro Aníbal Torres.
A moção, que teve 46 votos contra, 20 a favor e 38 abstenções, faria com que Torres respondesse pelas medidas restritivas contra a covid-19 que adotou durante o estado de emergência no país.
O caso, agora arquivado, foi submetido por 26 membros do Congresso, das bancadas Renovación Popular, Fuerza Popular, Avanza País, Alianza para el Progreso e Acción Popular.
Torres era acusado de adotar medidas restritivas que alegadamente interferiam em “direitos fundamentais”, para prevenção da covid, como: a utilização de máscaras em locais públicos, o cumprimento do calendário completo de vacinação obrigatório para trabalhadores da saúde e a realização de testes de coronavírus para viajantes.
Durante o governo de Pedro Castillo, presidente desde julho de 2021, foram solicitadas cerca de 25 moções de interpelação contra os ministros de seu mandato, estratégia da extrema direita peruana para desestabilizar o país.
Mesmo com a rejeição, outra peça da gestão Castillo está recebeu uma moção de interpelação, desta vez para a vice-presidente e ministra do Desenvolvimento do Peru, Dina Boluarte. O documento também foi apresentado no Congresso na quinta, após atingir o número de assinaturas necessário.
No texto, Boluarte é acusada de intervir na gestão da Associação de Clubes Departamentais do Peru, do qual virou presidente, por ser uma funcionária pública com um cargo dentro de uma entidade privada, algo proibido pela lei peruana.
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Interpelação contra o primeiro-ministro do país havia sido submetida por 26 membros do Congresso
(*) Com Telesur.