Os protestos de supremacistas brancos, que levaram a um conflito com pessoas que militam contra o fascismo em Charlottesville, na Vírgínia, nos Estados Unidos, foram definidos neste domingo (13/08) como um ato de “terrorismo pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster.
A declaração veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter feito um discurso vago sobre o caso, em que culpou “vários lados” pela violência. Ele foi criticado por democratas e republicanos.
“Cada vez mais se comete ataques contra às pessoas para incitar o medo, o terrorismo”, disso Mc Master em entrevista ao canal ABC. “Condenamos os supremacistas brancos, os racistas e os grupos nazistas”, acrescentou o conselheiro.
A manifestação, que reuniu mais de mil pessoas, provocou a morte de três, sendo uma mulher, que foi atropelada por um carro, e outras duas vítimas que estavam a bordo de um helicóptero da polícia, que caiu na região.
Trump
Em entrevista coletiva de imprensa, Trump culpou “vários lados” pela violência, sem condenar explicitamente os grupos neonazistas. “Condenamos nos termos mais firmes possíveis essa exibição atroz de ódio, fanatismo e violência procedente de vários lados. O ódio e a divisão devem parar agora. Temos que nos unir como norte-americanos como amor à nossa nação”.
Trump também não respondeu às perguntas de jornalistas, que questionavam se ele considerava o atropelamento de manifestantes antirracistas um ato de terrorismo.
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Agência Efe
Confronto entre supremacistas e manifestantes contrários a ele deixou mortos e feridos na Virgínia
Por sua vez, a assessoria de imprensa da Casa Branca diz que Trump, apesar de não ter citado claramente os neonazistas, disse que eles foram incluídos no discurso.
“O presidente disse ontem com muita contundência que condena todas as demonstrações de violência, fanatismo e ódio”, segundo comunicado assinado por um porta-voz que não se identificou. “E isso inclui supremacistas brancos, a Ku Klux Klan (KKK), neonazistas e todos os grupos extremistas”, acrescentou a nota.
Prefeito
“Não vou poupar palavras. Atribuo grande parte da culpa do que está acontecendo hoje no país para a Casa Branca e o entorno do presidente”, criticou o democrata Michael Signer, prefeito da cidade.
No Twitter, o senador republicano pela Flórida Marco Rubio afirmou ser “muito importante para o país que o presidente descreva os eventos em Charlottesville como eles são: um ataque terrorista de supremacias brancos”.
Centenas de nacionalistas iniciaram um protesto na noite da última sexta-feira (11/08) contra a remoção de uma estátua de Robert E. Lee, um general confederado da Guerra Civil norte-americana. Entre os grupos estavam neonazistas, que entraram em confronto com manifestantes antifascistas e antirracistas.
(*) Com Ansa