Conselho de Segurança pede ao Talibã que reverta políticas sobre mulheres
Órgão expressa 'profunda preocupação' com os diretos das mulheres no Afeganistão, que podem ser punidas em caso de violação das regras
O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu nesta terça-feira (24/05) uma nota expressando “profunda preocupação” com os diretos das mulheres no Afeganistão por conta de políticas do Talibã, pedindo que sejam revertidas.
No comunicado, os 15 países-membros do órgão mencionam diversas restrições impostas pelo do grupo fundamentalista islâmico, incluindo limites de acesso à educação, ao emprego, restrições à liberdade de movimento e à participação das mulheres na vida pública.
“Profunda preocupação com o aumento da deterioração do respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais de mulheres e de meninas no Afeganistão”, diz o documento.
O Conselho de Segurança enfatiza que essas medidas “contradizem as expectativas da comunidade internacional e os compromissos feitos pelo Talibã com o povo afegão”, apelando ao grupo para que “revertam as políticas e as práticas que estão restringindo os direitos humanos fundamentais de mulheres e de meninas afegãs”.
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Grupo Talibã ordenou restrições às mulheres afegãs
Outra preocupação do órgão está relacionada ao anúncio feito pelo Talibã obrigando todas as mulheres a cobrirem o rosto em espaços públicos e durante transmissões na mídia, além de pedir que elas saiam de casa apenas em caso de necessidade. Violar qualquer uma dessas regras pode levar a punições por parte de parceiros ou de familiares homens.
Além da preocupação, o Conselho pediu para que o governo de fato reabra escolas para todas as estudantes, de forma imediata, expressando preocupação com a volatilidade no país, incluindo desafios políticos, econômicos, sociais e de segurança.
O órgão também espera que todo o apoio possa ser dado às organizações humanitárias que atuam em prol dos civis e lembra que a Missão da ONU de Assistência ao Afeganistão (Unama) continua monitorando de perto a situação no país.
(*) Com ONU News.
