Sábado, 14 de junho de 2025
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Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (10/03), o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deveria “desaparecer”.

O comentário surgiu em meio a uma pergunta de uma jornalista mexicana sobre declarações anteriores do mandatário a respeito do conflito entre o seu país e o Peru [já que o governo mexicano ainda reconhece o presidente destituído Padro Castillo como mandatário legítimo da nação sul-americana].

Sem citar o organismo com sede em Washington, Obrador reclamou do papel dessa “organização paralisante que está a serviço dos grupos de interesses”.

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A jornalista, então, perguntou se o mandatário sugeria alguma reforma, mas sequer conseguiu completar a questão, já que Obrador a interrompeu dizendo “não, o que eu recomento é que a OEA desapareça, não serve para nada”.

López Obrador disse que organização, com sede em Washington, ‘não tem mais autoridade moral nem política, não serve para nada’; veja vídeo

Presidência do México

Obrador questionou o papel desempenhado pela OEA como organismo de integração regional

“Vocês sabem dizer uma coisa boa que a OEA fez? O único que ela fez é apoiar todos os atos autoritários contra governos legítimos, legais e populares na América Latina”, completou o mandatário mexicano.

Em seguida, Obrador questionou as resoluções recentes da OEA, para argumentar que essas medidas levaram a uma perda de credibilidade desta como organismo de integração regional.

O presidente mexicano citou como exemplo o informe que a entidade publicou após as eleições na Bolívia em outubro de 2019, onde denunciou a existência de uma suposta fraude e terminou sendo usado pela oposição de direita e as Forças Armadas do país para justificar o golpe de Estado que derrubou o presidente democraticamente eleito Evo Morales, um mês depois [posteriormente, o relatório da OEA foi desmentido por diversas casas de estudos e universidades, até mesmo dos Estados Unidos].

“[A OEA] já não tem mais nenhuma autoridade, nem autoridade moral e tampouco autoridade política”, concluiu Obrador.

(*) Com informações do La Jornada e de RT