* Atualizada às 11h40
Os países da Ásia e da região do Pacífico concordaram nesta terça-feira (11/11) em assumir o compromisso de criar uma área de livre-comércio, endossando os planos de liderança regional econômica e política da China. A sinalização de que o bloco econômico asiático deverá ser aprofundado entra em choque com a intenção dos Estados Unidos de levar adiante na região iniciativas semelhantes, mas que excluíam Pequim do projeto de integração.
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Agência Efe
Presidente chinês Jinping discursa no encerramento do 22º fórum da Apec e anuncia plano para criar nova área de livre-comércio
O anúncio foi feito pelo presidente chinês, Xi Jinping, ao encerrar os dois dias de reunião do 22º fórum da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), sediado em Pequim. “O bloco beneficiará as economias de ambos os lados da região Ásia-Pacífico, que se encontram em diferentes períodos de desenvolvimento, e injetará um novo ímpeto à Apec”, disse Jinping, que classificou o consenso como “um passo histórico”.
Embora a zona de livre-comércio não tenha data prevista para entrar em vigência, os países adotaram um roteiro que fixa pontos de ação para implementá-la.
A Zona de Livre Comércio da Ásia Pacífico (FTAAP, na sigla em inglês) é um projeto debatido na região durante anos, mas que nos últimos tempos ganhou nova força pelo fato de a China, uma das principais potências regionais, passar a defendê-lo. No entanto, o FTAAP entra em conflito com a TPP (Associação Trans-Pacífica), ideia de integração semelhante, mas defendida pelos EUA e que excluía a China.
Obama e Putin falam sobre Ucrânia e Síria
Também hoje, por ocasião da cúpula da Apec, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram durante 15 minutos sobre a situação na Ucrânia, Síria e Irã.
Ontem os dois líderes se encontraram mais não conversaram com mais profundidade. Os EUA ameaçam impor mais sanções contra Moscou pelo fato da Rússia ter reconhecido as eleições separatistas realizadas no leste da Ucrânia há nove dias.
“Os dois conversaram de maneira breve mas abordaram os temas das relações bilaterais, Síria, Ucrânia e o Irã”, acrescentou. A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, advertiu ontem à Rússia de que se o país continuar com suas ações para “desestabilizar” o leste da Ucrânia e armar os separatistas pró-Rússia “haverá mais consequências” para Moscou.
Esta é a primeira vez que Putin e Obama falam sobre a Ucrânia desde uma breve conversa que mantiveram durante as comemorações na França do 70º aniversário do Desembarque da Normandia, em junho.
(*) Com informações da Agência Efe
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