A cooperação e produção conjunta de material de defesa pode permitir aos países sul-americanos “reduzir os custos” da despesa militar, declarou hoje (9) à agência EFE o almirante David Moreno, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Militares da Colômbia.
Moreno, que participa em Santiago do Chile da reunião constitutiva do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), especificou, no entanto, que “cada país é soberano em manter despesas que se ajustem a suas políticas macroeconômicas”.
Os 12 países que integram a União de Nações Sul-Americanas decidiram, em maio do ano passado, criar um organismo para fortalecer o diálogo e o consenso em matéria de defesa, além de promover a solução pacífica das controvérsias, entre outros princípios.
A crise desencadeada pela incursão de tropas colombianas no Equador para atacar um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em março de 2008, motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a propor a criação deste conselho.
Sobre a deterioração que aquele incidente provocou na confiança mútua entre Colômbia e Equador, o chefe do Estado-Maior Conjunto assinalou que “o importante é que haja uma união permanente, na qual todos possam trabalhar pela paz”.
Associação energética
O almirante Moreno destacou a elaboração de um diagnóstico da indústria da defesa dos países sul-americanos, que permitirá identificar suas capacidades e as áreas de associação estratégica.
Esta iniciativa, que será comandada pelo Equador, tem como objetivo promover a complementariedade, a investigação e a transferência tecnológica na indústria da Defesa.
O colombiano especificou que o novo organismo não é uma aliança militar clássica, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas um mecanismo “que permitirá aos ministros manterem um diálogo permanente”.
NULL
NULL
NULL