O relatório final sobre a saúde do copiloto Andreas Lubitz, que é acusado de há quase um ano derrubar o avião da Germanwings com 150 pessoas a bordo durante um voo entre Barcelona, na Espanha, e Düsseldorf, na Alemanha, mostrou que o alemão recebeu a orientação de ir para uma clínica psiquiátrica duas semanas antes de causar o acidente.
O relatório do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA), da França, divulgado neste domingo (13/03), afirma que Lubitz tinha um quadro de depressão severa desde 2014. No entanto, a companhia aérea Lufthansa, proprietária da Germanwings, não havia sido notificada sobre a situação clínica dele.
Por causa disso, os franceses pediram que as regras sobre sigilo médico para pilotos e copilotos sejam “relaxadas”. O líder da investigação, Arnaud Desjardin, afirmou aos jornalistas que, desde dezembro, Lubitz apresentava sintomas que “podem ser compatíveis com episódios psicóticos”.
NULL
NULL
A queda do avião, no dia 24 de março de 2015, colocou em cheque as regras de segurança para a entrada na cabine de pilotagem. Isso porque, com as revelações das caixas-pretas da aeronave, foi possível ouvir que o piloto Patrick Sondheimer tentou, desesperadamente, abrir a porta da cabine após ter saído para ir ao banheiro.
Desde o atentado terrorista de 2011, nos Estados Unidos, a liberação para a entrada na cabine ocorre apenas no interior da mesma, para evitar que terroristas tenham acesso ao local. Desde a queda, várias companhias aéreas, como a própria Lufthansa, passaram a manter duas pessoas dentro da cabine o tempo todo – se o piloto ou o copiloto saem do local, alguém da tripulação entra.
O crime é investigado como um suicídio de Lubitz pelos problemas com depressão.
Reprodução/Flightradar24
Aeronave da Germanwings que caiu nos Alpes em março de 2015 foi deliberadamente derrubada