Jang Song-thaek, tio do líder norte-coreano Kim Jong-un e número dois do governo, foi executado após ser condenado à morte por um tribunal militar, informou na quinta-feira (12/12) a KCNA, agência estatal do país.
A Coreia do Norte confirmou na segunda-feira (9) a destituição de Jang sob acusações como “consumir drogas e esbanjar divisas nos cassinos”. A agência estatal confirmou ele foi executado na quina pouco depois de ter sido condenado por um tribunal militar especial.
“O acusado Jang concentrou um poder inadequado e formou uma facção como chefe do que foi um grupo opositor durante muito tempo”, disse a KCNA em um comunicado intitulado “O traidor Jang Song-thaek executado”.
A nota assegura ainda que o que ex-vice-presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa tentou derrubar o Estado.
NULL
NULL
“O tribunal examinou os crimes de Jang. Ficou provado durante as vistas que todos foram cometidos pelo acusado que reconheceu sua culpabilidade”, relatou a KCNA.
A destituição de Jang aconteceu no domingo passado em reunião do Birô Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores presidida por Kim Jong-un, depois que o expurgo foi revelado uma semana antes pelos serviços de inteligência da Coreia do Sul.
Os meios estatais de Pyongyang ofereceram as imagens de sua detenção e deram todo tipo de detalhes sobre as duras acusações que recaíram sobre ele, naquele que foi um expurgo público sem precedentes para um personagem tão poderoso no hermético governo norte-coreano.
Jang Song-thaek estava casado com Kim Kyong-hui, a irmã de Kim Jong-il, pai do atual líder, e era considerado figura-chave no processo de consolidação no poder do jovem Kim Jong-un, desde o falecimento do ditador anterior há dois anos.