A Coreia do Norte propôs à Coreia da Sul a retomada da reunião das famílias separadas durante a guerra entre os dois países, entre 1950 e 1953, nesta sexta-feira (24/01). Inesperada, a oferta foi imediatamente acatada por Seul, que já havia feito uma proposta semelhante no início de janeiro, mas que fora rejeitada por Pyongyang.
Na ocasião, uma aliança militar entre o Sul e os EUA irritou o país comunista, que afirmou que as reuniões só aconteceriam em um “momento adequado”, sem propor uma data específica.
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O governo de Kim Jong-un também enviou nesta sexta uma carta aberta aos habitantes e autoridades do Sul, reforçando que essa cooeração entre os países da península coreana só acontecerá se Seul se afastar do programa militar elaborado com a Casa Branca na região.
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O gesto da Coreia do Norte foi feito por meio de uma ligação entre o presidente da Cruz Vermelha do país e a autoridade sul-coreana da mesma organização, sugerindo que os reencontros poderiam acontecer após o Ano Novo Lunar da Coreia, em 31 de janeiro.
De acordo com uma carta assinada pela Comissão Nacional de Defesa do Norte, a meta é “criar um clima de reconciliação e unidade, deter totalmente os atos militares hostis” para retomar projetos comuns como as reuniões de famílias separadas e os tours ao monte norte-coreano Kumgang.
Em 1985, aconteceram os primeiros encontros entre famílias separadas na Guerra da Coreia, mas as tensas relações entre os países impediram a continuidade das reuniões. Como consequência, milhões de coreanos não conseguiram retomar contato com seus parentes do outro lado da fronteira. Desde o fim do conflito, que culminou na divisão da península, a maioria dos coreanos morreu sem ter a oportunidade de se rever a família.