Coreia do Norte e Coreia do Sul concordaram nesta sexta-feira (14/02) em manter o encontro de famílias separadas pela guerra, previsto para as próximas duas semanas, além de se comprometerem em não se atacarem mutuamente, apesar das frequentes ameaças e acusações entre ambos os países.
Agência Efe
Representantes das Coreias em reunião de alto nível realizada nesta sexta-feira
O reencontro familiar acontecerá de 20 a 25 de fevereiro no centro turístico de Kumgangsan, na Coreia do Norte. A decisão foi tomada hoje, durante a segunda rodada de negociações de alto nível entre autoridades dos dois países na cidade fronteiriça de Panmunjom. O encontro de quarta-feira (12/02) terminou sem acordo ou declaração conjunta.
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A reunião foi uma continuação do primeiro encontro de alto nível desde 2007. No dia 24 de janeiro, a Coreia do Norte propôs à Coreia da Sul a retomada da reunião das famílias – separadas durante a guerra entre os dois países, entre 1950 e 1953. Inesperada, a oferta foi imediatamente acatada por Seul, que já havia feito uma proposta semelhante no início de janeiro, mas que fora rejeitada por Pyongyang. Na ocasião, uma aliança militar entre o Sul e os EUA irritou o país comunista, que afirmou que as reuniões só aconteceriam em um “momento adequado”.
Em 1985, aconteceram os primeiros encontros entre famílias separadas na Guerra da Coreia, mas as tensas relações entre os países impediram a continuidade das reuniões. Como consequência, milhões de coreanos não conseguiram retomar contato com seus parentes do outro lado da fronteira. Desde o fim do conflito, que culminou na divisão da península, a maioria dos coreanos morreu sem ter a oportunidade de se rever a família.