O corpo do general iraniano Qassem Soleimani, morto na última quinta-feira (02/01) em um ataque dos Estados Unidos em Bagdá, chegou neste domingo (05/01) ao Irã, com um cortejo fúnebre acompanhado por uma multidão de milhares de pessoas nas ruas.
O cortejo começou pela cidade de Ahvaz às 8h locais (1h30, no horário de Brasília) e passará pelo município sagrado de Mashhad. Nesta segunda-feira (06/01) seguirá para a capital Teerã e na terça-feira (07/01) chegará à cidade de Kerman, onde Soleimani nasceu e será sepultado.
Neste sábado, o corpo de Soleimani desfilou pelas ruas de Bagdá, capital do Iraque, Karbala e Najaf, e várias autoridades políticas, como o premiê iraquiano, Adel Abdul Mahdi, participaram dos atos.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
Junto de Soleimani, está o corpo do líder miliciano iraquiano Abu Mahdi Al Muhandis, que também morreu no ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá ordenado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Tasnim
Cortejo começou pela cidade de Ahvaz e chega nesta segunda-feira à capital Teerã
Soleimani, de 62 anos, era um dos homens mais poderosos do Irã e considerado um herói nacional. Ele liderava a força Al-Quds da Guarda Revolucionário Iraniana.
Trump alegou que autorizara a morte de Soleimani para evitar novos conflitos, ressaltando que o general planejava ataques contra os interesses dos Estados Unidos. Entretanto, nenhuma evidência foi apresentada pelo governo norte-americano.
Trump ameaça
Neste sábado (04/01), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que tem em mira 52 alvos no Irã e que não hesitará em atacá-los caso o governo de Teerã revide a morte do general Qassem Soleimani.
“Que sirva de alerta de que, se o Irã atacar quaisquer americanos ou instalações americanas, nós temos 52 locais iranianos como alvo representando 52 reféns americanos feitos pelo Irã muitos anos atrás), alguns deles de alto nível e grande importância para o Irã e para a cultura iraniana. E esses alvos, e o próprio Irã, serão atingidos muito rápido e com muita foça. Os Estados Unidos não querem mais ameaças”, disse o republicano.
*Com ANSA