O presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou nesta quarta-feira (09/02) a existência de uma conspiração de vários setores para boicotar a consulta popular e o referendo solicitado pelo Executivo.
“Digo-lhes que virá o pior, há uma conspiração da imprensa, corruptos que abusam de seu poder, que vão tentar fazer pensar que o governo é corrupto, desorientar as pessoas e ganhar na Consulta com o Não. Eles inclusive já começaram a fazer isso”, afirmou Correa.
O povo, enfatizou o presidente em declarações a jornalistas de Cuenca, deve ter claro que nesta conjuntura o país não conta com uma oposição democrática, mas com uma ala que busca caluniar, boicotar e pescar em rio revolto.
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“Essa oposição é nefasta para a democracia”, manifestou, depois de ressaltar a necessidade de uma classe política com educação, cultura e espírito democrático.
A consulta popular é um processo que contará com a ajuda de um organismo internacional e visa questionar a população equatoriana sobre as reformas judiciais, o combate a insegurança e a regulamentação dos investimentos bancários e da imprensa. Há uma semana, Correa entregou à Corte Constitucional o questionário de 10 perguntas para que o tribunal decida a legalidade, o que permitirá a convocação do referendo pelo Conselho Eleitoral.
Prisões indígenas
Ainda referindo-se a atuação da imprensa o presidente negou categoricamente que os indígenas shuar, detidos depois da morte do professor bilíngue Bosco Wisuma, estivessem presos por serem indígenas, mas sim por terem incitado à violência em um protesto efetuado em Macas, no dia 30 de setembro de 2009.
Criticou a quem qualificou de “pseudo intelectuais de esquerda” que interpretam todo este processo, no qual houve um assassinato, simplesmente como perseguição política.
Além disso, questionou a manipulação que tem tido a demanda de três dirigentes shuar e assinalou que José Acacho, Fidel Kaniras e Pedro Mashian não estavam detidos por serem dirigentes indígenas, “mas porque estão envolvidos em um assassinato”.
Nesta terça-feira, a juíza da segunda vara de Trabalho, Infância e Adolescência do Tribunal de Justiça de Pichincha, concedeu o recurso de habeas corpus aos três dirigentes detidos, com o qual obtiveram a liberdade.
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