Segunda-feira, 14 de julho de 2025
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O correspondente em chefe para a região andina do jornal americano The Miami Herald, Jim Wyss, foi posto em liberdade na tarde deste sábado, após ser detido em San Cristóbal, no estado de Táchira, e depois levado para a DGIM (Direção Geral de Inteligência Militar), em Caracas.

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Após permanecer cerca de 48 horas detido, o repórter foi entregue por agentes do departamento a funcionários da Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela, que confirmaram que Wyss se encontra em boas condições e sem sinais de maus-tratos, segundo informou The Miami Herald.

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Jim Wyss, correspondente que realizou cerca de uma dúzia de reportagens na Venezuela, foi detido na quinta-feira em San Cristóbal por soldados da Guarda Nacional do país, enquanto fazia uma reportagem sobre a escassez de produtos e as próximas eleições municipais neste país.

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De acordo com o Herald, o jornalista foi detido pelas autoridades policiais perto da fronteira com a Colômbia quando se aproximou de membros da Guarda Nacional para pedir uma entrevista com as autoridades militares.

Tal como defenderam as autoridades venezuelanas, Wyss foi posto sob custódia por não contar com permissão para efetuar seu trabalho jornalístico no país, após o que foi levado ao centro de detenção na capital venezuelana, onde foi visitado por oficiais da embaixada de seu país.

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“Um sincero agradecimento a todos os que conseguiram minha rápida libertação e às autoridades venezuelanas que o tornaram possível”, escreveu Wyss em sua conta no Twitter, pouco após ser libertado.

Jornalista foi preso enquanto fazia reportagem sobre escassez de produtos e eleições municipais do país

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Após de ser posto em liberdade, o repórter mostrou bom humor ao lembrar sua estadia no centro junto a outros oito detidos em suas primeiras declarações para o jornal em que trabalha.

A diretora-executiva do jornal, Aminda Marqués Gonzalez, assinalou que “Jim está a salvo e em breve se reunirá com seus familiares”, expressando seu agradecimento às autoridades dos EUA e da Venezuela por resolverem a situação.

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A detenção de Wyss motivou a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) a exigir do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “a imediata libertação do jornalista Jim Wyss”.

Outras organizações internacionais de imprensa também pediram a libertação do jornalista, que, em seu último artigo para o Herald, informou sobre os desencontros diplomáticos entre Venezuela e EUA.

“Tenho um profundo respeito pela Venezuela e por sua gente, e tenho a esperança de poder continuar informando sobre o país”, assinalou o jornalista.