O secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Néstor Kirchner, e o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, vão se encontrar às 22 horas de hoje (26/7) na residência do embaixador colombiano em Buenos Aires, Alvaro Garcia Giménez. Com o encontro, Kirchner inicia oficialmente as gestões da Unasul para encerrar a crise iniciada na quinta-feira passada (22/), quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decretou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia.
Chávez tomou a decisão depois que o embaixador colombiano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Alfonso Hoyos, apresentou, durante reunião extraordinária do órgão, fotos, vídeos e depoimentos que comprovariam a existência de 87 acampamentos e 1,5 mil guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território venezuelano.
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Esta será a primeira atuação de Kirchner como secretário-geral da Unasul. O encontro de hoje estava marcado para o próximo dia 7 de agosto, em Bogotá, data em que Juan Manuel Santos assumirá a presidência da Colômbia. No entanto, o encontro foi antecipado já que Santos tinha audiência marcada com a presidente Cristina Kirchner, uma vez que ele inicia hoje, pela Argentina, uma série de visitas para manter contatos diretos com os dirigentes sul-americanos. O encontro com a presidente, que terá a participação do ministro das Relações Exterior, Héctor Timerman, será às 20h, na Casa Rosada, sede do governo argentino.
Até o momento, Juan Manuel Santos não se posicionou sobre a crise envolvendo a Venezuela e seu país. Ele disse, na semana passada, que a posição oficial e qualquer iniciativa da Colômbia sobre a crise diplomática devem ser necessariamente tomadas pelo ainda presidente Álvaro Uribe. Após o encontro com Santos, é possível que a presidente Cristina Kirchner comente a posição oficial do governo sobre a crise entre a Venezuela e a Colômbia.
No próximo dia 5 de agosto, Néstor Kirchner viaja para Caracas, capital venezuelana, para conversar com Hugo Chávez. Na sexta-feira (23/7), durante visita à cidade de Santiago del Estero, Kirchner disse que é preciso encontrar um caminho para solucionar o conflito diplomático antes mesmo da troca de governo na Colômbia. “A Unasul tem uma tarefa central para cumprir em nossa região”, disse.
Na próxima quinta-feira (29/7), o ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, estará em Quito, capital do Equador, participando da reunião extraordinária de chanceleres da Unasul convocada pelo presidente Rafael Correa, que exerce a presidência temporária do órgão. Deverão estar presentes todos os chanceleres do bloco, formado por 12 países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Paraguai, Uruguai, Guiana, Suriname, Chile e Venezuela.
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