O governo de Cuba confirmou nesta quarta-feira (17/08) 16 mortes no grande incêndio que atingiu um depósito de petróleo em Matanzas no início de agosto.
Jorge González, presidente da Sociedade Cubana de Medicina Legal, revelou em uma coletiva de imprensa que após a extinção das chamas que destruíram quatro reservatórios, 14 restos ósseos foram encontrados.
Na área do incêndio, considerado o maior desastre industrial da história do país, os restos ósseos encontrados foram expostos a temperaturas que chegaram a dois mil graus Celsius, segundo González.
Os especialistas ainda revelaram que “toda a tecnologia para qualquer tipo de identificação” está disponível em Cuba, mas não para eventos “destas características”.
Antes disso, as autoridades do país haviam informado que duas pessoas tinham morrido no desastre, além de 14 desaparecidos e dezenas de feridos. Todos os homens do Corpo de Bombeiros que chegaram ao depósito no início do incêndio não sobreviveram.
Para homenagear os bombeiros que faleceram durante o combate ao incêndio em Matanzas, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, decretou luto oficial no país.
Presidência de Cuba/Reprodução
Fogo, que durou cerca de 6 dias, começou após raio atingir tanque de petróleo bruto em Matanzas
As chamas começaram a se espalhar no dia 5 de agosto, quando um raio acertou um tanque de petróleo bruto em uma zona industrial de Matanzas, cidade situada a pouco mais de 100 quilômetros da capital Havana. Em seguida, o fogo se alastrou para um segundo reservatório, este de óleo combustível.
Incêndio
No dia 5 de agosto, uma descarga elétrica atingiu um tanque de petróleo bruto em uma zona industrial de Matanzas, cidade situada a pouco mais de 100 quilômetros da capital Havana, o que gerou um incêndio de grandes proporções e posteriormente uma explosão.
Forças combinadas do Ministério do Interior, das Forças Armadas Revolucionárias, da empresa CubaPetróleo e do Instituto de Recursos Hidráulicos, juntamente com especialistas mexicanos e venezuelanos, trabalharam desde então para extinguir o incêndio.
Considerado o pior da ilha pelas autoridades, o incêndio destruiu 40% da principal instalação de armazenamento de combustível em Cuba. Até o momento, o acidente deixou pelo menos uma pessoa morta, 14 desaparecidos e 125 feridos.
O Ministério da Saúde Pública cubano informou que ainda há 20 pacientes hospitalizados, incluindo 13 em terapia intensiva, cinco em estado crítico e dois gravemente doentes. O órgão também destacou que pelo menos 108 pessoas já receberam alta médica.