O Partido Comunista de Cuba analisará em janeiro do próximo ano uma possível limitação da duração dos cargos políticos no país para apenas dois mandatos de cinco anos.
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Um tablóide de oito páginas foi distribuído na última quinta-feira (13/10) entre a população cubana e apresenta 97 projetos para debater na próxima Conferência Nacional do partido. Uma das propostas prevê uma “renovação paulatina” destes cargos e a definição dos “limites de permanência” de uma pessoa neles.
O sexto congresso do PCC, ocorrido em abril deste ano, aprovou novas linhas econômicas e sociais para Cuba com o objetivo de “atualizar o socialismo” na ilha, conforme definiu o governo. A conferência de 2012 deverá aprofundar este processo, intervindo, desta vez, com mudanças na estrutura do próprio partido.
A burocratização do Estado cubano tem sido criticada pela imprensa cubana, de caráter estatal, afirmando que essa característica “se estendeu a todo tipo de relações” e tem provocado “excesso de formalismo, incapacidade de decisão” e “resistência à mudança”, segundo o jornal Granma.
“O cubano fez da demora uma rotina tão atada a sua realidade que não o assusta já sua presença, mas o surpreende seu vazio. O burocratismo se estendeu a todo tipo de relações e, inclusive, se burocratizou a sim mesmo”, analisou o jornal.
O próprio presidente cubano, Raúl Castro, já chegou a descrever o “burocratismo” e os “burocratas” no país como inimigos de um processo de mudanças iniciado desde 2008 na economia e na sociedade cubanas.
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