A cúpula da recém-criada Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribe) retomou neste sábado (03/12) suas atividades com menos participantes e uma agenda repleta de atividades. O idealizador do grupo e anfitrião, Hugo Chávez, presidente da Venezuela, espera concluir o evento com a leitura da Declaração de Caracas.
O líder bolivariano iniciou a reunião comentando que as delegações estão trabalhando em três documentos referentes à Declaração, um plano de ação e outros acordos referentes a procedimentos.
Chávez também declarou que os trabalhos para a conclusão desses documentos estavam muito avançados, porém, não apresentou detalhes sobre seu conteúdo.
A reunião deste sábado foi iniciada sem a presença das presidentes Dilma Rousseff e Cristina Fernández Kirchner, da Argentina. O líder mexicano, Felipe Calderón, que foi orador de ordem na abertura da Celac, também não estava presente. Os três já deixaram a capital venezuelana.
Já o presidente chileno, Sebastián Piñera, chegou neste sábado de manhã em Caracas para acompanhar o segundo dia de reuniões dos chefes de Estado dos 33 países que integram a Celac.
Vista por muitos como um organismo alternativo à OEA (Organização dos Estados Americanos), a Cúpula da Celac foi realizada em um ambiente de consenso, sob o convencimento unânime de que nasceu uma “nova América”, em palavras do presidente mexicano, Felipe Calderón.
Os presidentes e chefes de delegação devem terminar de assinar neste sábado a Declaração de Caracas com acordos que incluem educação, meio ambiente e desenvolvimento social, enquanto se terminam de definir as prioridades da organização.
O Chile será o país encarregado de organizar a próxima cúpula da Celac, quando o novo organismo será aperfeiçoado.
A voz do norte
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, declarou que a OEA continua como “a organização multilateral proeminente que fala pelo hemisfério”.
Por outro lado, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) qualificaram de “transcendental” o nascimento da Celac e propuseram “um diálogo com plenas garantias, em benefício do país, do continente e do mundo”. O ELN (Exército de Libertação Nacional) pediu que este fórum se transforme em um interlocutor da região.
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