Durante conferência de imprensa conjunta em Buenos Aires nesta quarta-feira (23/03), o presidente norte-americano, Barack Obama, e seu homólogo argentino, Mauricio Macri, comentaram sobre a atual situação política do Brasil. O país enfrenta um momento de tensão decorrente da Operação Lava Jato, que investiga escândalos de corrupção que envolvem a empresa Petrobras.
“A democracia do Brasil é suficientemente madura, seu sistema, suas leis e estruturas são fortes o suficiente para que isso [a crise] se resolva de uma maneira que permita ao Brasil prosperar e ser o líder mundial que é”, afirmou Obama.
Agência Efe
Obama está no primeiro dia de sua visita à Argentina
“Esperamos que o Brasil possa resolver a situação de maneira eficaz”, disse, ainda o mandatário dos EUA.
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Já Macri disse acreditar que “o povo brasileiro sairá fortalecido” dos problemas políticos que enfrenta e esperou que isso aconteça “o quanto antes”, devido ao impacto que os acontecimentos no Brasil geram na economia argentina.
Hoje é o primeiro dia da visita oficial de Obama à Argentina que tem por objetivo a cooperação e a melhora das relações comerciais entre os dois países, principalmente.
Líderes internacionais comentam situação no Brasil
Nos últimos dias, outros líderes — principalmente sul-americanos — vieram a público comentar a situação no Brasil e expressar apoio à presidente Dilma Rousseff. Organizações e movimentos populares fizeram o mesmo.
“Me comuniquei com vários presidentes da América Latina e do Caribe muito preocupados pelo golpe de Estado contra Rousseff. Não duvido em classificá-lo dessa forma, há um golpe de Estado midiático e judicial contra a presidente”, afirmou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
O ex-presidente do Uruguai José Mujica disse, por sua vez, que os acontecimentos no Brasil indicam que a direita “perdeu toda a racionalidade” e “não quer Lula e o PT porque rechaça a necessidade de repartir”.
“Trata-se de um claro ataque coordenado entre políticos de direita, centros empresariais e meios de comunicação que apostam em aprofundar as políticas neoliberais no país”, escreveram militantes argentinos em uma carta conjunta.
“Deveríamos fazer uma reunião de emergência da Unasul para defender a democracia no Brasil, para defender Dilma, para defender a paz no país, para defender o companheiro [ex-presidente] Lula e todos os trabalhadores”, chegou a sugerir o presidente da Bolívia, Evo Morales.