A maioria democrata no Senado dos Estados Unidos já conta com os votos necessários para aprovar o projeto de lei de reforma no sistema de saúde, depois que Ben Nelson, um senador-chave, anunciou neste sábado (19) que apoiará as mudanças, após 13 horas de negociação.
Nelson, senador democrata pelo estado de Nebraska, tinha se mostrado indeciso sobre apoiar a medida, ao considerar que deveria conter mais pontos contra o aborto. O congressista divulgou seu apoio depois que o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, anunciou uma série de modificações ao projeto, incluindo concessões no tema do aborto e financiamento para o estado que o senador representa.
Os planos de saúde não serão obrigados nem proibidos de arcar com abortos, mas os governos estaduais terão autonomia para proibir a cobertura desse tipo de procedimento em planos particulares. Nebraska, por sua vez, terá direito a uma verba maior para a expansão do Medicaid, o plano de saúde federal destinado aos pobres.
“Mudar nunca é fácil, mas mudar é necessário na América”, disse Nelson em coletiva de imprensa, segundo o Washington Post. “E é por isso que pretendo votar pela reforma do sistema de saúde”.
Com o apoio de Nelson, a maioria democrata soma os 60 votos que precisa no Senado para desbloquear qualquer tentativa de veto da oposição republicana e poder aprovar a reforma, após meses de debate e negociação no Capitólio.
Os democratas ocupam 60 cadeiras no Senado, exatamente o número necessário para aprovar a reforma. Desta forma, na prática, todo democrata tem poder de veto, já que nenhum republicano pretendem votar a favor.
O objetivo dos democratas é aprovar a medida antes do Natal, o que poderia exigir uma votação durante a própria noite do dia 24. Apesar do anúncio do apoio de Ben Nelson, a oposição republicana procura atrasar o máximo possível a votação.
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