O grupo Ovelhas Negras, que reúne homossexuais e transexuais no Uruguai, reiterou nesta terça-feira (20/7) a necessidade de contar com uma lei no país que formalize o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a exemplo do aprovado pelo congresso argentino na semana passada.
Segundo a organização, a legislação daria “um marco legal muito mais direto e realista” aos processos de adoção, pois eliminaria o tempo mínimo de cinco anos de convivência para o casal oficializar laços de paternidade, como estabelece a medida atual.
Para o ativista Daniel Alonso, membro da entidade, adotar uma criança “é algo muito mais simples, menos custoso, mais direto e não exige uma convivência de cinco anos apresentando testemunhas a escrivães e advogados”.
Pelo menos 15 crianças foram adotadas por homossexuais no Uruguai desde o ano passado, quando o país aprovou uma norma relacionada à união e fez modificações na lei de adoção. Porém, segundo Alonso, há “mui to mais casos” que não chegam ao conhecimento da instituição.
Oposição
Integrantes da bancada parlamentar da coalizão Frente Ampla (governista) disseram que estão dispostos a promover um projeto similar ao aprovado pelo senado argentino na semana passada, que permite o casamento sem fazer distinção de orientação sexual dos contraentes e deverá ser sancionado amanhã pela presidente Cristina Kirchner.
Setores da oposição política uruguaia e da Igreja Católica já se manifestaram contra a possibilidade de adoção por casais gays porque entendem que as crianças precisam de uma figura materna e paterna seguindo o modelo convencional.
No Peru, organizações homossexuais pretendem estabelecer uma legislação similar e anunciaram que irão buscar alianças com os possíveis candidatos às eleições presidenciais de 2011 visando promover a união entre pessoas do mesmo sexo no país.
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