Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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Atualizada às 22h50

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela autorizou nesta terça-feira (07/05) que seis deputados da Assembleia Nacional (AN) sejam processados por tribunais comuns por crimes relacionados à participação na tentativa de golpe de Estado realizada no dia 30 de abril.

Para o TSJ, os parlamentares flagrantemente participaram de crimes de traição à pátria, conspiração, incitação à rebelião, rebelião civil, formação de quadrilha, usurpação de funções e incitação pública à desobediência legal. 

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A Assembleia Nacional Constituinte, presidida pelo deputado Diosdado Cabello, aprovou a retirada da imunidade parlamentar dos deputados Henry Ramos Allup, Luis Florido, Marianela Magallanes, Simón Calzadilla, Amerigo De Grazia e Richard Blanco. O TSJ já havia autorizado, na semana passada, que fosse aberta na Justiça comum um processo contra o vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, devido a vários crimes relacionados ao motim contra Maduro.

Ministério Público

Mais cedo, o procurador-geral da República venezuelano, Tarek William Saab, havia informado que existiam 18 ordens de prisão a serem cumpridas e que o Ministério Público iria investigar “parlamentares e outros oficiais com patente de tenente-coronel que atuaram à margem da lei”.

“O último dia 30 de abril foi um chamado aberto e direto a um golpe de Estado, a derrocar um governo legitimamente constituído, a banhar de sangue um país, violando direitos humanos com uma figura política, entre aspas, de parlamentares e militares”, afirmou.

O deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, angariou um pequeno grupo de militares insurgentes e anunciou no último dia 30 de abril que tomaria a base aérea de La Carlota, zona leste da capital Caracas, após auxiliar na fuga do ex-deputado de oposição Leopoldo López da prisão domiciliar em que se encontrava. 

Manifestações foram registradas por toda a cidade, mas o movimento golpista não logrou sucesso. López está abrigado na Embaixada da Espanha, na capital venezuelana.

Tribunal avaliou que houve flagrante delito dos crimes de traição à pátria, conspiração, incitação à rebelião, rebelião civil, formação de quadrilha, usurpação de funções e incitação pública à desobediência legal

Reprodução/TSJ

Sete deputados foram condenados pelo TSJ