A presidenta Dilma Rousseff e o Ministério das Relações Exteriores lamentaram a morte do diplomata Luiz Felipe Lampreia. O ex-chanceler morreu nesta terça-feira (02/02) no Rio de Janeiro aos 75 anos. Ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2001, ele estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zona sul do Rio. A assessoria de imprensa do hospital disse que não foi autorizada pela família a divulgar a causa do falecimento.
“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento do embaixador Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores. Lampreia foi embaixador do Brasil em Lisboa e representante permanente do Brasil junto aos organismos internacionais sediados em Genebra. Neste momento de grande pesar, transmito minhas condolências aos familiares e amigos do ex-ministro, recordando sua contribuição para o Brasil, ao longo de quase quatro décadas de trabalho dedicado ao serviço público”, disse Dilma, em nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
O Itamaraty registra que é com “imenso pesar” que lamenta a morte do embaixador. “Os funcionários do ministério que, no Brasil e no exterior, sempre admiraram as qualidades pessoais e profissionais do embaixador Luiz Felipe Lampreia, unem-se no sentimento de perda e dor pela partida prematura do ex-chefe, colega e amigo, e transmitem aos seus familiares os seus mais sentidos pêsames e a certeza de que a sua memória e o seu o exemplo continuarão presentes no Itamaraty, guiando-os no serviço ao país, a que o embaixador Lampreia tanto se dedicou”, destacou, em nota, o Itamaraty.
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Carioca, nascido em 19 de outubro de 1941, Luiz Felipe Lampreia formou-se em sociologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1962. No mesmo ano, ingressou no Instituto Rio Branco, dando início a uma carreira diplomática que o levou a ocupar postos importantes como os de embaixador em Portugal e representante do Brasil em diversos organismos internacionais em Genebra, na Suíça, entre eles a Organização Mundial do Comércio.
Quando era chanceler, Lampreia foi um dos fundadores, em 1998, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), entidade que veio a presidir, depois de deixar o governo, e da qual era vice-presidente emérito. O diplomata presidiu também o Conselho de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, além de integrar conselhos de várias empresas internacionais.
Em nota divulgada no início da noite, o Cebri lamentou a morte de Lampreia, conselheiro fundador e vice-presidente emérito da entidade. “O Brasil perde uma referência em relações internacionais, e o Cebri, um de seus mentores. Colaborador atuante, objetivo e pragmático, o embaixador Lampreia era grande incentivador de uma postura ousada e atuante do Cebri”, destacou o presidente da instituição, Rafael Benke.
O corpo de Lampreia será velado nesta quarta-feira (03/02), a partir das 11h, na Capela 3 do Memorial do Carmo, no Caju, zona norte do Rio, onde será cremado às 15h.