O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a direita do continente “desconhece” a Soberania Popular, após a aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados no domingo (17/04).
Agência Efe
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou apoio a Dilma Rousseff depois da aprovação do impeachment na Câmara
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“A direita do continente desconhece a Soberania Popular. Que pretendem, desaparecer-nos? Alerta, alerta que caminha”, disse o mandatário em sua conta de Twitter, ao postar imagens das manifestações de apoio a Dilma.
La derecha del continente desconoce la Soberanía Popular ¿que pretenden desaparecernos? Alerta,alerta que Camina… pic.twitter.com/Y9Q6d9RgYh
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 18 de abril de 2016
Anteriormente, Maduro havia dito que a presidente brasileira é vítima de uma tentativa de “golpe midiático-judicial”, que integra uma “ofensiva imperial” contra a esquerda latino-americana do continente.
Repercussão
A repercussão da votação da Câmara dos Deputados, que admitiu o processo de impeachment de Dilma Rousseff, foi imediata nos meios de comunicação do exterior.
Para o jornal argentino Página/12, “o golpe institucional contra Dilma já está em marcha”. “Seis horas depois de iniciada a votação, a sorte da atual mandatária parecia cantada, e os que impulsionavam o impeachment davam de barato que obteriam os 342 votos necessários para sustentar o juízo político muito antes dos que os que oporiam ao processo obteriam os 171 votos que teriam freado o ‘golpe brando’ em marcha.
Além disso, segundo o jornal britânico The Guardian, “a vasta maioria dos 150 deputados que estão implicados em crimes, mas protegidos por seus status como parlamentares” votou “sim” pelo impeachment de Dilma.
Já o norte-americano The New York Times fala dos efeitos para a democracia brasileira. “Alguns analistas políticos dizem que eles se preocupam com o fato de que o movimento para impedir Rousseff causaria danos duradouros à jovem democracia brasileira, reestabelecia em 1985 após duas décadas de ditadura militar”, afirma o periódico.