O presidente da Palestina, Mahmmoud Abbas, disse na Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira (27/09) que o direito do povo palestino não deve ser “negociado”. Ele também direcionou críticas ao Estado de Israel.
“Os direitos do povo palestino não estão aqui para serem negociados”, disse, ao iniciar a fala oficial.
Durante discurso, o líder disse que seu país pretende construir “um Estado independente e de paz”, chamando a causa palestina de “justa”. “Buscamos um estado independente com paz, porque Deus está conosco e nossa causa é justa”, disse.
“No ano passado, vim aqui para exigir a independência, liberdade e justiça para o meu povo oprimido (…). Eu estou aqui mais uma vez, enquanto esta ocupação colonial continua sufocante, minando nossos esforços para construir as instituições do nosso Estado, que esta Assembleia Geral reconheceu em 2012”, disse.
Ao se referir à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Abbas disse que o órgão é “o único representante legítimo” do país árabe, lembrando da renovação recente feita no Parlamento.
O mandatário também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela decisão do republicano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, mudando a embaixada norte-americana para a cidade que, segundo o palestino, “não está à venda”. Recentemente, Abbas pediu que Trump revertesse a transferência do consulado.
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O líder da Autoridade Nacional Palestina também rechaçou a fala dos EUA que chama a OLP de terrorista, reforçando que o país investe em uma aproximação com os ocidentais.
“Durante anos reafirmamos nossa disposição para o governo dos EUA criar um comitê palestino-americano para investigar o status político da OLP”.
Pronunciamento de Israel
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, iniciou o discurso chamando o acordo nuclear iraniano, feito em 2015, de “mentira fundamental”.
“Nosso oposição é porque ameaça nosso futuro, até mesmo nossa própria sobrevivência, e porque o acordo foi baseado em uma mentira fundamental de que o Irã não está procurando desenvolver armas nucleares”, disse.
O político também criticou os inspetores nucleares da ONU que, segundo ele, não realizam mais inspeções em um suposto “armazém atômico secreto” que o Irã continua a esconder do público.
“A razão pela qual o Irã não destruiu seu arquivo atômico e seu depósito atômico é porque ele não abandonou sua meta de desenvolver armas nucleares”, falou.