Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na noite desta sexta-feira (10/05) que o então diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), general Manuel Ricardo Cristopher Figuera, foi um dos líderes da tentativa de golpe de Estado do último dia 30 de abril e que o general havia sido “cooptado” há um ano pela CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos.

“Depois de investigações conseguimos comprovar que o general Manuel Ricardo Cristopher tinha sido cooptado pela CIA há mais de um ano e trabalhava como um traidor, um espião infiltrado nos cargos que ocupava”, afirmou Maduro em um evento com estudantes.

Os EUA já tinham suspendido as sanções aplicadas a Figuera, que comandou o Sebin até 30 de abril, dia da tentativa de golpe organizada pelo deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país.

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No mesmo dia, Maduro retirou Figuera do posto, mas não havia anunciado oficialmente a saída dele do Sebin. Em outro pronunciamento, apresentou o também general Gustavo González López como novo diretor do órgão.

Em recente entrevista à Agência Efe, o enviado especial dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, disse que integrantes do governo estavam negociando com a oposição a saída de Maduro. O governo dos EUA ainda tentou implicar o presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Maikel Moreno, o comandante da Guarda de Honra Presidencial e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (Dcim), Iván Rafael Hernández Dala, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, como coordenadores do golpe.

Segundo Maduro, Figuera foi quem “armou a história” de que contava com os “patriotas” Padrino, Moreno e Hernández Dala.

“Foram Padrino, Moreno e Dala que me avisaram, uma semana antes do golpe, da conduta estranha deste general que seria substituído, demitido de seu cargo e detido no dia 30 de abril. Por isso, ele se apressou e abortou a ação golpista. Ele fugiu e até hoje está fugindo”, afirmou Maduro durante o evento.

O presidente venezuelano ainda ironizou o general pelo fato de não ter comparecido ao levante militar liderado por Guaidó, que começou em frente à base militar de La Carlota, em Caracas.

“Foi ele quem articulou toda a armadilha de mentiras, de intrigas e não foi capaz de ir ao local”, ressaltou Maduro.

*Com Efe

Presidente venezuelano ainda afirmou que o agora ex-chefe do Sebin foi cooptado pela CIA; ' fugiu e até hoje está fugindo', disse o mandatário

Prensa Presidencial

General Manuel Ricardo Cristopher trabalhava como espião, informou o presidente