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Documentos secretos do Senado dos EUA vazados nesta quinta-feira (31/07) acusam a CIA de adotar “técnicas brutais de interrogatório” contra suspeitos de envolvimentos no ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. “Este relatório fala sobre uma história que nenhum americano se orgulha”, descreve o documento nas páginas iniciais.
Uma falha interna no sistema de armazenamento de informações do Senado fez com que involuntariamente um e-mail com as informações confidenciais fosse enviado para repórteres da imprensa norte-americana.
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Escrito pelo Comitê de Inteligência do Senado, o documento admite que foram utilizadas pela CIA métodos como “palmadas, humilhações, privação de sono, exposição a temperaturas frias e afogamento”.
De acordo com a Associated Press, a CIA também se negou a comunicar a Secretaria de Estado e embaixadores norte-americanos no Oriente Médio sobre detenções e métodos de tortura em operações especiais logo ao ataque às torres gêmeas.
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Na conclusão do relatório, o Senado afirma que, ao tomar conhecimento das táticas de interrogatório, percebeu a CIA “tinha ido longe demais”, muito mais que o governo imaginava. A CIA também teria omitido do Congresso e do Departamento de Justiça sobre como era feito o programa de interrogatórios.
Segundo informações do Los Angeles Times, o vazamento do relatório causou mal-estar em Washington. Republicanos negam a existência do documento, enquanto acusam democratas – responsáveis por redigir os relatórios – no Comitê de Inteligência do Senado de vazar as informações.