O novo presidente da Colômbia, Iván Duque, tomou posse do
cargo que ocupará até 2022 nesta terça-feira (07/08) e pediu aos seus
compatriotas para estabelecerem um “pacto” que permita superar as
“diferenças” no país. Ele confirmou que fará modificações no acordo
de paz com a Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC).
Durante seu discurso na cerimônia em Bogotá, Duque afirmou
que irá governar a Colômbia “superando as divisões de esquerda e
direita”. “Convido-os todos a construir um grande pacto pela
Colômbia, que construamos um país, um futuro e que acima das diferenças estejam
as coisas que nos unem”, disse.
Em sua mensagem, o novo mandatário, de 42 anos, também
tentou minimizar a polarização entre os apoiadores e críticos do acordo de paz
assinado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos, e o hoje partido FARC, em 2016,
e confirmou que fará modificações no acordo.
“Quero governar a Colômbia com o espírito de construir, nunca de destruir”, afirmou o novo presidente, ressaltando que esta é “uma nova geração motivada pelo serviço e não pelo exercício vaidoso do poder”.
Duque aproveitou o momento para reforçar seu discurso de combate à corrupção que, segundo ele, tem “deslegitimado o Estado”. “Nos doem muito os escândalos na alimentação escolar, no sistema de saúde, nos projetos de infraestrutura, nos abusos da contratação direta ou nos perigosos cartéis”, acrescentou.
De acordo com o novo líder colombiano, as empresas, donos e gestores que corrompam funcionários serão punidos. Entretanto, Duque ainda ressaltou que garantirá “reparação moral, material e econômica” a todas as vítimas dos conflitos armados no país. Apesar de seu tom de conciliação, o novo presidente criticou o mandato de seu antecessor, principalmente questões como a violência e o crescimento de cultivos ilícitos.
(*) Com Ansa