Às vésperas das eleições do Parlamento Europeu, o candidato francês Jean-Marie Le Pen, presidente de honra do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), reforçou nesta quarta-feira (21/05) a solução radical que havia declarado no dia anterior para combater os “problemas” de imigração no continente: por meio do vírus ebola.
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Frente ao “risco de submersão” da França pela imigração e à “substituição da população pela baixa taxa de natalidade do continente europeu”, Le Pen declarou que o vírus, que pode ser fatal, ajudaria a “regularizar” a atual condição europeia.
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Na tentativa de justificar suas declarações, Le Pen garantiu hoje que se tratou de uma simples “observação” demográfica, rejeitando que cometeu um “deslize” no termo.
“Não vejo como se vocês podem polemizar sobre tal assunto. Eu não posso controlar esses fenômenos, mas tento observar quais podem ser os equilíbrios que devemos levar em conta para o amanhã”, disse. Para ele, o vírus ebola é uma doença terrível, “catastrófica, como as guerras nucleares e civis”.
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Nos últimos meses, um surto de ebola resultou na morte de centenas de pessoas na porção ocidental do continente africano, sobretudo em Guiné. Líder do FN desde a fundação do partido, em 1972, o conservador francês renunciou ao cargo em 2011 em favor da filha, Marine Le Pen. Em 2002, Jean-Marie chegou ao segundo turno nas eleições presidenciais, mas perdeu para o então chefe de Estado Jacques Chirac.
Empossado há poucos meses, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, do Partido Socialista, disse nesta quarta que essas declarações “assustadoras” de Jean-Marie mostram “a verdadeira face do Frente Nacional”. “Isso demonstra que o Frente Nacional não mudou nada, mesmo com Marine”, afirmou.
Efe/ 2012
Nas eleições de 2012, Marine Le Pen usa discurso anti-imigratório clássico da direita; ela é filha de Jean-Marie