O surto de ebola na África Ocidental já causou a morte de 134 trabalhadores da saúde, principalmente médicos e enfermeiros, de um total de 256 infectados pelo vírus, informou nesta sexta-feira (05/09) o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tariq Jasarevic.
“O que realmente é necessário são agentes de saúde porque sem eles realmente não faz sentido ter centros de tratamentos, que são necessários sobretudo na Libéria, onde o povo simplesmente não tem para onde ir”, explicou.
A OMS deslocou 202 especialistas para cinco países: 70 para Serra Leoa, 59 para Guiné, 58 para Libéria, 14 para Nigéria e um para o Senegal.
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Jasarevic reconheceu que a doença segue evoluindo a um ritmo no qual é difícil colocá-la sob controle. “Não conhecemos exatamente onde estão todos os doentes ou as cadeias de transmissão (do vírus), mas é preciso atuar rápido”, comentou. “Podemos dizer que por enquanto estamos por trás da doença, mas é preciso estar diante dela o mais rápido possível”, sustentou o porta-voz.
A OMS calcula que são necessários cerca de 12 mil agentes de saúde nos países afetados, além de cerca de 750 especialistas internacionais em febres hemorrágicas, o grupo de doenças ao qual pertence o ebola.
Segundo as últimas estatísticas da OMS, o surto atual já provocou 3.685 casos, entre os quais 1.841 resultaram em morte. A maior taxa de mortalidade é registrada na Guiné, onde alcança 64%, enquanto que, na Libéria, fica em 51% e em 39% em Serra Leoa.