Pelo menos 110 políticos foram assassinados no México desde o início do processo eleitoral no país, fazendo com que a eleição deste ano tenha se tornado a mais violenta da história do país. Os dados foram divulgados nesta semana pela consultora Etellekt, que monitora os casos de violência.
Os números são relativos até o dia 2 de junho, dia em que três candidatas foram assassinadas. Dos 110 políticos mortos desde o início do processo, 15 eram mulheres.
Até o momento, 119 políticos, diz a consultoria, foram alvo de ameaças e intimidação. O número inclui 14 sequestros e 24 agressões físicas. A maior parte dos candidatos mortos fazia parte do PRI (Partido Revolucionário Institucional), partido do presidente Enrique Peña Nieto.
No dia 2 de junho, duas candidatas a deputada e uma a vereadora foram mortas no México. Em Oaxaca, o carro de Pamela Terán foi atingido por tiros e, além da candidata, morreram o motorista e uma fotógrafa.
Em Puebla, Juana Irais Maldonado, candidata a deputada, e Érika Cazáres, postulante a um cargo de vereadora, foram mortas na madrugada ao voltarem de um comício.
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No dia 2 de junho, duas candidatas a deputada e uma a vereadora foram mortas no México
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Histórico
O México é um país com histórico de violência eleitoral, mas os números nunca haviam sido tão altos. Em 1994, o candidato do PRI à Presidência da República Luis Donaldo Colosio foi morto durante um comício de campanha em Tijuana, no norte do país, em uma cena filmada por uma câmera próxima. O assassino disse, na época, que havia agido sozinho.
O então presidente Carlos Salinas de Gortari indicou seu ministro da Educação, Ernesto Zedillo, em substituição a Colosio na chapa do PRI. Zedillo foi eleito no mesmo ano.
Pesquisa: eleições presidenciais
De acordo com a última pesquisa de intenção de voto nas eleições presidenciais, divulgada no dia 1º de junho, o candidato de centro-esquerda pelo Movimento de Regeneração Nacional (Morena), Andrés Manuel López Obrador, aparece na frente com 37% da intenção de votos.
Em segundo colocado, o candidato do Partido de Ação Nacional, Ricardo Anaya, soma 23%, e José Antonio Meade, candidato do PRI, que tenta eleger um sucessor para Peña Nieto, aparece em terceiro colocado com 17%.