Somente 44% dos uruguaios votaram nas eleições internas dos partidos políticos. Até às 17h, duas horas e meia antes do fechamento das urnas, a expectativa era ainda mais baixa – entre 30% e 35%, de acordo com o ministro da Corte Eleitoral, Edgardo Martínez Zimarioff. “Podemos chegar, com sorte, a 45% dos votantes, cerca de 5% a menos do que em outras primárias”.
De manhã foi registrado o comparecimento em maior número de pessoas mais velhas e à tarde, de jovens. “Cerca de 50% dos jovens votaram”, disse. “Pode ser porque são pessoas que durante os anos de ditadura (1973-1984) estiveram privadas do direito ao voto”, disse Zimarioff ao explicar este fenômeno.
Ao todo são 17 pré-candidatos de oito partidos que concorrem nestas eleições internas, de onde sairá os candidatos oficiais de cada formação à presidência e outras instâncias.
Candidatos
O ex-líder guerrilheiro tupamaro José “Pepe” Mujica, atual senador, é o favorito para ganhar as eleições internas pela Frente Ampla. Ex-ministro do atual governo, o primeiro de esquerda da história do país, tem entre 51% e 59% das preferências na coalizão de esquerda, segundo as pesquisas.
Mujica chega para votar em Montevidéu – Iván Franco/EFE
Logo atrás está o senador e ex-ministro da Economia, Danilo Astori, candidato preferido do presidente Tabaré Vázquez, com 30% a 35%.
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No Partido Nacional, ou “Branco”, o ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995) lidera todas as pesquisas com 57%. Jorge Larrañaga recebe o apoio de entre 41% e 35% das intenções nacionalistas.
No Partido Colorado o panorama é mais claro. Pedro Bordaberry, filho do ditador de mesmo sobrenome, tem o respaldo de 77% dos eleitores simpatizantes colorados.
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