O ex-militante italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro homicídios, será transferido em breve da prisão de Oristano, na Sardenha, para o centro de detenção de Rossano, na Calábria. Na semana passada, ele iniciou uma greve de fome na cadeia para protestar contra o regime de isolamento diurno ao qual está submetido desde o início de 2019.
A decisão foi tomada após o Departamento de Administração Penitenciária (Dap) rejeitar, com o consentimento da Direção Nacional Antimáfia e Antiterrorismo, o pedido do italiano para obter um regime prisional mais moderado.
Segundo as autoridades, a transferência para a prisão de Rossano será realizada assim que houver vaga disponível no local. Lá, Battisti precisará cumprir 15 dias em isolamento médico em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Com isso, Battisti poderá agora ter acesso a um regime de segurança 2, o qual é destinado a prisioneiros condenados por fatos relacionados ao terrorismo.
“Sou advogado e já escrevi várias petições formais ao Dap e ao Ministério competente e fico sabendo que os meios de comunicação têm o privilégio de uma resposta que nunca recebi em todos estes meses, impossibilitando assim qualquer recurso”, afirmou o advogado Davide Steccanella. Segundo o defensor, a cadeia calabresa é “inacessível a familiares e defensores, como é do conhecimento do Ministério”.
Battisti era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos na década de 1970. Em março de 2019, ele confessou ter sido o autor de dois homicídios e ter participado de outros dois.
(*) Com Ansa