A Nasa iniciou uma simulação de missão exploratória de Marte no vulcão de Mauna Loa no Havaí em agosto, como parte de seu projeto para levar humanos ao planeta vermelho a partir de 2030. Os primeiros registros dessa missão feitos por um dos próprios membros da equipe, a física e engenheira alemã Christiane Heinicke, foram divulgados nesta sexta-feira (23/10).
O estudo tem o intuito de mostrar como a equipe se comporta em um ambiente confinado e extremo, longe de suas famílias com as quais têm contato limitado. Além de analisar como suas performances mudam ao longo do tempo e determinar a ajuda externa que pode ser oferecida sem que se tenha contato direto.
Lauren Bacon/FlickrCommons
O domo onde viverá a equipe está localizado na base do vulcão Mauna Loa, no Havaí
“Espero que, ao final da simulação, todas essas perguntas tenham sido respondidas”, disse Christiane em seu relato para a Scientific American. Com outras cinco pessoas, ela viverá dentro de um domo de apenas dez metros de diâmetro durante um ano.
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A tripulação inclui uma geóloga, um engenheiro, uma médica, um biólogo, um arquiteto e uma física – a própria Christiane. O processo de seleção dos seis incluiu testes de personalidade, testes de aptitude e uma atividade prática de uma semana nas Montanhas Rochosas.
Gerg Shirah/Nasa
Em setembro os cientistas encontraram sinais de água corrente no planeta
Segundo ela, todos da equipe são entusiastas de missões espaciais e querem ajudar os primeiros humanos a irem e voltarem – com segurança – de Marte.
“Nós sabemos que para alcançar isso [ir a Marte] uma série de problemas tecnológicos devem ser resolvidos. A maior incerteza para missões de longa-duração no espaço, porém, é o fator humano. Sem a possibilidade de escapar, pequenos conflitos podem crescer e prejudicar o trabalho de toda a equipe. Espero que a nossa participação no estudo reduza a probabilidade desse tipo de situações em futuras missões para a Marte ‘de verdade’”, registrou.