Atualizado às 15h24
Em resposta ao lançamento de um foguete de longo alcance no domingo (07/02), o Japão ampliou as sanções unilaterais impostas à Coreia do Norte nesta quarta-feira (10/02) e o Senado dos EUA deve votar por novas sanções ao país nesta tarde.
As sanções japonesas impedem a entrada de navios norte-coreanos em portos nipônicos e impõem limites a viagens entre as duas nações. Embarcações provenientes de outros países que tenham passado pela Coreia do Norte também estarão sujeitas às restrições. Além disso, Tóquio proibirá a entrada de profissionais envolvidos no desenvolvimento nuclear e de mísseis que tenham ajudado Pyongyang.
Agência Efe
Gráfico elaborado pela Coreia do Sul que mostra a trajetória do míssil lançado pelo Norte para colocar satélite em órbita
Transferências de dinheiro superiores a 100 mil ienes (cerca de R$ 3,3 mil) estão banidas entre os dois países, exceto as de ajuda humanitária.
O Japão considerou o recente lançamento uma “ameaça direta e grave” para sua segurança e um “prejuízo para a paz no nordeste da Ásia e da comunidade internacional”.
NULL
NULL
Apesar do endurecimento, o chefe de Gabinete japonês, Yoshihida Suga, afirmou que o país continuará as conversas que mantém com a Coreia do Norte sobre os sequestros de japonses que realizou há décadas.
Estados Unidos
Paralelamente, o Senado dos EUA deve votar ainda nesta tarde um pacote de sanções mais rígidas à Coreia do Norte. A ideia é dificultar o acesso de Pyongyang a dinheiro que precisa para desenvolver ogivas nucleares pequenas e os mísseis de longo alcance para portá-las, segundo os apoiadores da lei.
O Senado aprovou uma medida similar no último mês, quando Pyongyang realizou testes com uma bomba de hidrogênio. E, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Washington voltou a pedir o aumento das sanções ao país.
As novas medidas vêm acompanhadas do anúncio da Coreia do Sul, nesta quarta, de suspender as operações do complexo industrial de Kaesong, único projeto conjunto das duas Coreias, também em resposta ao míssil lançado.
O lançamento do foguete de longo alcance, realizado para colocar um satélite em órbita, foi entendido como um teste balístico pela comunidade internacional. Resoluções do Conselho de Segurança proíbem o país de realizar qualquer teste com tecnologia de mísseis.
O satélite, contudo, ainda não está transmitindo dados de volta para a terra informaram fontes do governo norte-americano à Reuters nesta quarta.
Por conta disso, foi realizada então uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, que condenou a ação norte-coreana. Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu, em comunicado, que a Coreia do Norte interrompesse “suas ações provocativas” e retomasse “o cumprimento de suas obrigações internacionais”.