O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quarta-feira (11/09) durante um discurso na Fundação Heritage, em Washington, nos Estados Unidos, que “justiça social” é um “pretexto para ditadura”, ao citar os boicotes de produtos brasileiros na Europa.
O discurso de Araújo, segundo a fundação, apresentou a “nova estratégia internacional brasileira e o plano do Presidente Jair Bolsonaro para colocar o país rumo a prosperidade, segurança, e dignidade para todos os brasileiros”.
O chanceler falou sobre a questão climática, e afirmou que o “climatismo” (que é como chama o combate às mudanças climáticas) é usado para fins políticos por lideranças mundiais. Araújo diz duvidar que tais mudanças sejam ocasionadas pela ação do homem, apesar do consenso científico sobre a ação do ser humano nas alterações do clima
“Como alguém em tempos de paz pode sonhar em quebrar a soberania de um país como o Brasil dizendo que a Amazônia está em chamas? De novo, por causa de ideologia, dessa reclamação de crise climática, “vamos salvar o planeta”, disse o ministro.
“Hoje, por causa da maneira como eles usam o climatismo como principal instrumento de luta, a Amazônia é marco zero no combate ao globalismo”, afirmou.
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Ernesto Araújo duvidou que ação do homem pode ser a causa das mudanças climáticas
Para Araújo, somente o presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump estão fora do “sistema político tradicional” e que são esses os mandatários que estão em uma “insurgência universal contra a bobagem”. E ainda afirmou que os defensores do Brexit, na Reino Unido, juntos, segundo ele, estão em uma “revolta contra a ideologia” da esquerda. Para ele, “nem comer carne é permitido mais”
O ministro também falou que existe um “alarmismo climático” sobre as queimadas na Amazônia, que defendeu estar “dentro da média” com “debate democrático”.
Araújo ainda fez referências aos intelectuais que considera de esquerda, como Michael Foucault (que não é visto como sendo de esquerda), Antonio Gramsci, Rosa Luxemburgo, Herbert Marcuse e outros. Para ele, o “socialismo do século 21” é resumido em “seguidores de Gramsci e de cartéis de drogas”.
(*) Com GGN.