O embaixador da Venezuela na Itália, Julián Isaías Rodríguez Díaz, anunciou nesta terça-feira (07/05) que a embaixada do país em Roma está há três meses sem pagar o aluguel de sua sede e há quatro sem quitar os salários de 11 funcionários devido às sanções financeiras internacionais contra o governo de Nicolás Maduro.
Em entrevista coletiva, Díaz afirmou que as medidas adotadas por bancos internacionais para prejudicar o governo venezuelano impedem a transferência de recursos. “Devemos três meses de aluguel e já recebemos um aviso de despejo, mas, como estamos há 25 anos com essa imobiliária, esperaram mais tempo de forma excepcional”, explicou.
Segundo o embaixador, o bloqueio econômico também colocou em risco um acordo de assistência médica que a Venezuela assinou há 9 anos com a organização italiana ATMO (Associação para o Transplante de Medula Óssea), pelo qual pacientes venezuelanos, especialmente crianças, recebem tratamento em hospitais italianos.
“Agora temos uma dívida pendente de quase 9 milhões de euros, já que as despesas incluem não só a transferência e o tratamento médico, mas também a estadia e a manutenção dos parentes que acompanham o paciente”, explicou o diplomata.
“Em novembro, a ATMO nos enviou uma notificação de que deveríamos pagar ou os tratamentos seriam suspensos. Depois, houve a transferência ao Novo Banco, de Portugal, mas os bancos ficaram receosos pelas pressões dos Estados Unidos e por isso foi bloqueado o dinheiro destinado à Associação”, explicou.
*Com Efe
Agência Efe
Segundo embaixador venezuelano em Roma, medidas adotadas por bancos internacionais para prejudicar governo venezuelano impedem transferência