A Embaixada da Venezuela na Líbia, localizada em Trípoli, foi “assaltada e saqueada” nesta quarta-feira (24/08), informou o presidente Hugo Chávez, citando um informe do ministro de Comunicação e Informação, Andrés Izarra.
Chávez classificou o ataque como um atentado contra a própria Venezuela, “levando em conta que uma embaixada é território do país que representa”.
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Chávez declarou na sede do governo, o Palácio de Miraflores, que o “drama da Líbia” não irá terminar com a queda do governo de Muamar Kadafi, mas ao contrário disso, irá começar. “Destroçaram um país e não foi [culpa de] Kadafi”, mas da “loucura imperial e da crise do capitalismo global”, criticou.
Para ele, a perseguição a Kadafi faz parte desta “loucura desatada” que classificou como “pilhagem” por parte dos países que alimentam interesses “imperialistas”. Segundo o venezuelano, “não os interessa que saibamos o que ocorre na Líbia”.
“Além do destino do nosso amigo Kadafi, incontáveis crianças foram vítimas do conflito que está em curso no país”, afirmou. O presidente venezuelano disse ter informações que comprovam que a entrada em Trípoli por parte do exército rebelde foi feita “em meio a um massacre da população civil”, que incluiu “bairros inteiros”.
“Falam de dois ou três mil [mortos], ninguém sabe, ninguém saberá a cifra exata”, concluiu o presidente, que afirmou nesta terça-feira (23/08) que só reconheceria um governo na Líbia caso liderado por Kadafi.
O chefe de Estado venezuelano recebeu o secretário do Comitê Popular Geral de Planejamento e Finanças da Líbia, Abdulhafid M. Zlitni, enviado de Muamar Kadafi, no começo deste mês.
Ele disse na ocasião que Kadafi estava “resistindo à agressão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que bombardeia até meios de comunicação, e ao mundo, que assiste a tudo de braços cruzados”.
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