O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Al Zubaidi, anunciou nesta sexta-feira (26/08), em uma coletiva de imprensa, seu “apoio e lealdade” ao CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político que representa os rebeldes de oposição ao regime de Muamar Kadafi. Até o começo desta semana, o diplomata se dizia fiel ao governo do coronel, cujo paradeiro, até o momento, é desconhecido.
Durante coletiva de imprensa, Zubaidi disse que foi escolhido pelo povo líbio para representar o país. Segundo ele, a maioria da população apoia a oposição. O diplomata acrescentou ainda que está à disposição do Conselho e que permanece no cargo até que outra pessoa seja designada para comandar a embaixada no Brasil.
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Desde a semana passada, a bandeira da oposição, que representava o regime monárquico derrubado por uma junta militar em 1969, está hasteada no prédio em Brasília. A troca ocorreu durante um embate entre simpatizantes da oposição e aliados de Kadafi na embaixada. O esquema de vigilância e segurança, feito pela Polícia Militar, foi reforçado na área da representação para impedir confrontos.
Na última terça-feira (23/08), um grupo de líbios que vive no Brasil abandonou a ocupação da embaixada em Brasília e manteve Sadik Jamel como único representante. Os líbios, radicados no Brasil, cobraram apoio do governo brasileiro à oposição.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (26/08) que o governo do Brasil aguarda manifestação da ONU (Organização das Nações Unidas) para definir a posição a ser assumida no processo político de transição na Líbia. No entanto, ele ressaltou que não há intenção de suspender unilateralmente as sanções impostas ao país.
Os confrontos na Líbia ocorrem desde o mês de março. Nos últimos dias, a oposição ganhou terreno e ocupou lugares estratégicos do país. Kadafi abandonou o quartel-general e o complexo residencial onde morava com a família, em Trípoli. Em mensagens e rádio, ainda apela à resistência.
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