O embaixador da Venezuela na OEA (Organização dos Estados Americanos), Roy Chaderton Matos, afirmou que o retorno do presidente Hugo Chávez ao país está cada vez mais certo. O líder bolivariano permanece internado em Havana desde o dia 9 de dezembro para tratar de um câncer e passou por complicações respiratórias após uma intervenção cirúrgica.
O diplomata venezuelano, que ingressou na carreira muito antes do governo chavista, participou de um programa especial da emissora Telesur na noite deste sábado (19/01) e apenas nos últimos minutos, fez as declarações sobre o estado de saúde do presidente.
“Está em jogo porque está ameaçada (a pátria), mas (….) a pátria vai se salvar. Há a alternativa cada vez mais certa do retorno do presidente Chávez”, disse o embaixador após ser perguntado se a situação de saúde do governante colocava em jogo o país.
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Chaderton, eleitor chavista assumido, elogiou as mudanças trazidas pelo governo de Chávez nos últimos 14 anos e afirmou que “se criou um movimento, se criou uma consciência”. De acordo com o diplomata, o povo venezuelano, hoje, tem educação, tem alimento, tem acesso à saúde e tem liberdade de expressão.
“Isso não existia antes nas democracias neoliberais”, acrescentou ele. O embaixador ainda rebateu as críticas dos opositores de que não existe liberdade de expressão na Venezuela e lembrou que os jornais podem até pedir a morte do presidente.
Política externa
O diplomata agradeceu ao presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, pela “maneira tão generosa e humana como reagiu” ao destituir seu embaixador na OEA, Guillermo Cochez, que pediu ao bloco na última quarta (16/01) não ignorar a possível violação democrática da Venezuela.
Cochez se referia ao posicionamento do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que afirmou respeitar a decisão tomada pelos poderes Legislativo e Judicial de Venezuela de adiar, indefinidamente, a posse do presidente reeleito Chávez.
“Não somos obrigados a ter más relações com governos que tenham visões diferentes da nossa”, explicou ele, acrescentando que é necessário, no entanto, manter um nível de respeito e igualdade.
“No âmbito internacional, fazemos a mesma coisa que no nacional. Tentamos fazer com que os excluídos participem, criar um espírito comunitário e democrático”, afirmou.
Chaderton é o representante venezuelano na equipe de negociação da paz entre o governo da Colômbia e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).