Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (05/05) no Equador mostra que a desaprovação do governo Guillermo Lasso subiu para cerca de 70%, considerando aqueles que avaliam a gestão como “ruim” ou “muito ruim”.
O levantamento foi feito pela empresa “Perfiles De Opinión” entre os dias 22 e 25 de abril com 617 participantes, entre homens e mulheres de 18 a 65 anos. A pesquisa, realizada de forma presencial nas cidades de Quito e Guayaquil, apresenta uma margem de erro de 4,03%, além de um intervalo de confiança de 95%.
A maior desaprovação de Lasso ocorre em Guayaquil, onde 50,71% dos entrevistados classificam sua gestão como ruim e 18,51% como muito ruim. Em Quito, 44,84% avaliam como ruim e 18,16% como muito ruim.
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— Perfiles de Opinión (@PerfilesOpinion) May 4, 2022
Após o processo de vacinação contra a covid-19, a aceitação de Lasso caiu significativamente. Em julho de 2021, o mandatário tinha 74% de aprovação, mas agora, nove meses depois, e menos de um mês após completar seu primeiro ano no cargo, tem apenas 30,82% de apoio.
LassoGuillermo/Twitter
70% da população avaliam a gestão do direitista como ‘ruim’ ou ‘muito ruim’
A reprovação das pesquisas não é o único problema do presidente equatoriano. Quase um ano após a sua posse, ele não conseguiu implementar as reformas econômica, fiscal e administrativa, com as quais havia se comprometido, por não ter maioria na Assembleia Nacional.
Além disso, quatro ministros (Defesa, Energia, Direitos Humanos e Agricultura) renunciaram aos cargos em um contexto de perda de aliados. O argumento oficial foi de que Lasso estaria “fazendo uma avaliação de todo o seu Gabinete e fazendo as mudanças que considera pertinentes para atingir seus objetivos”.
Ainda no dia 1º de maio, foram realizadas marchas no marco do Dia do Trabalhador, em que foram rejeitadas as medidas neoliberais do Governo.
Nesse contexto, argumentando uma situação de segurança emergencial devido à atuação de “gangues criminosas”, Lasso decretou toque de recolher com forte presença de policiais em três regiões onde se esperava um deslocamento maciço das marchas.
(*) Com TeleSur.