Uma comissão legislativa multipartidária aprovou nesta quarta-feira (01/03) um relatório que recomenda o impeachment do presidente do Equador, Guillermo Lasso, por supostos atos de corrupção e atentados à segurança pública do Estado.
O parecer elaborado pela Comissão da Verdade, Justiça e Combate à Corrupção investiga uma suposta rede de corrupção em várias empresas públicas, conhecida como “O Grande Poderoso Chefão”, e seu texto foi aprovado internamente por seis votos a favor e um contra.
Comisión de la Verdad, Justicia y Lucha contra la Corrupción recomienda #JuicioPolítico al Presidente de la República#ElGranPadrino#CasoEncuentro https://t.co/lVRoYMIMIH
— Asamblea Nacional (@AsambleaEcuador) March 2, 2023
O documento recomenda processar politicamente o presidente Lasso por crimes contra a segurança do Estado e contra a administração pública.
A chefe do comité multipartidário, Viviana Veloz, considerou que o país viveu “um dia histórico”, porque se trata de apurar a verdade sobre a conduta de Lasso, acusando-o de ser “contrário aos interesses da cidadania”.
Twitter / Assembleia Nacional do Equador
Documento aprovado deve agora ser submetido ao plenário da Assembleia Nacional (parlamento unicameral) do país sul-americano
Ela afirmou que o presidente “tem tentado esconder possíveis condutas ilegais de seu cunhado, Danilo Carrera, e de seus funcionários mais próximos, além de tentar obstruir o trabalho de fiscalização da Assembleia Nacional”.
O Congresso equatoriano indicou em comunicado que o relatório será enviado à Procuradoria-Geral da República e à Controladoria-Geral do Estado para que, no âmbito de suas atribuições, iniciem investigações penais e administrativas.
O documento aprovado deve ser submetido ao plenário da Assembleia Nacional (parlamento unicameral) do país sul-americano. Se for aprovado no parlamento, continuará o seu processo de qualificação até chegar ao Tribunal Constitucional.
Por sua vez, o governo de Lasso reagiu através de um comunicado que critica o relatório aprovado pela comissão multipartidária, que acusou de ter “um claro desejo desestabilizador” com “intenções maliciosas”.
? Comunicado | Frente a la aprobación del informe emitido por la Comisión Ocasional de la Asamblea Nacional, el Gobierno Nacional precisa: pic.twitter.com/6BXkvsrmca
— Ministerio de Gobierno Ecuador (@MinGobiernoEc) March 2, 2023
(*) Com TeleSUR