As autoridades equatorianas anunciaram neste sábado (07/10) que foram encontrados sem vida os corpos dos seis cidadãos colombianos que estavam em prisão preventiva, sob suspeita de envolvimento com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, ocorrido no dia 9 de agosto.
A informação foi confirmada pelo Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade do Equador (SNAI). O órgão explicou que os seis indivíduos ocupavam o Pavilhão 7 da Penitenciária Número 1 de Guaiaquil, considerado o maior centro de detenção do país.
As vítimas foram identificadas como Jhon Gregore, Andrés Manuel, Adey Fernando, Camilo Andrés, Sules Osmin e José Neyder.
Os seis homens teriam atuado no assassinato de Villavicencio, juntamente com um sétimo integrante da quadrilha, que morreu no mesmo dia do atentado, após receber tiros dos seguranças do político.
Assembleia Nacional do Equador
Fernando Villavicencio foi assassinado poucos dias antes do primeiro turno das eleições no Equador
A morte dos seis suspeitos ocorre poucos dias depois de um anúncio do governo dos Estados Unidos oferecendo uma recompensa de até US$ 5 milhões a quem fornecesse informações sobre o autor intelectual do assassinato de Villavicencio.
Também chama a atenção o fato de que este episódio ocorre a poucos dias da realização do segundo turno das eleições no Equador, marcado para o dia 15 de outubro – assim como o próprio assassinato de Villavicencio ocorreu às vésperas do primeiro turno, realizado em 20 de agosto.
Na primeira votação, a candidata Luisa González, do partido de esquerda Revolução Cidadã (liderado pelo ex-presidente Rafael Correa) foi a mais votada, com 33,6% dos votos. Em segundo lugar ficou Daniel Noboa, do partido liberal Ação Democrática Nacional, com 23,4%. Os dois se enfrentarão no segundo turno.
A morte dos suspeitos pelo assassinato de Villavicencio pode ter impacto na votação decisiva, já que o partido de Correa solicitava a conclusão das investigações sobre o caso antes do segundo turno, para refutar uma campanha de fake news difundida pela direita, na qual se afirma que o ex-presidente e a candidata da esquerda seriam os mandantes do crime – hipótese descartada pela investigação oficial.