A 12ª esposa do rei Mswati III da Suazilândia, último monarca absolutista da África, pediu ajuda à vizinha África do Sul para ser libertada do palácio no qual ela garante estar presa há um ano, publicou nesta sexta-feira (15/07) o semanário sul-africano Mail and Guardian.
Segundo o jornal, a princesa Nothando Dube recebeu maus-tratos por parte da Guarda Real.
A princesa, que conta com passaporte sul-africano graças a seu pai, supostamente foi confinada em um palácio do monarca em julho de 2010, depois que um jornal da África do Sul publicasse o suposto romance que mantinha com o ex-ministro de Justiça da Suazilândia Ndumiso Mamba.
A princesa declarou ao Mail and Guardian que a Guarda Real a proibiu de ver qualquer membro de sua família, incluindo seu marido.
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“Preciso sair daqui, mas não me deixam; é como se estivesse na prisão, sob vigilância 24 horas”, disse Nothando Dube, que nega seu suposto relacionamento com o ex-membro do Gabinete.
Segundo a esposa de Mswati III, a Guarda Real teme que ela fuja do país, como já fizeram duas outras mulheres do monarca.
Timothy Mthethwa, porta-voz da família real, negou que Dube esteja detida contra sua vontade e que tenha sido maltratada.
Suazilândia é a última monarquia absolutista do continente africano, e o rei mantém o costume de casar com uma jovem a cada ano, em uma grande festa onde as moças desfilam para chamar a atenção da realeza.
Mswati III conta com 13 esposas e uma ampla corte que é mantida com a receita do país, um dos mais pobres da África, no qual 38% dos jovens contraiu aids e a esperança de vida não supera os 32 anos.
A crise de 2008 e a corrupção deixaram o Estado à beira da falência, incapaz de pagar os salários dos funcionários e cumprir com seus compromissos creditícios.
O site do semanário Mail and Guardian publicou nesta sexta-feira que o governo da África do Sul está disposta a conceder um resgate de 411 milhões de euros para salvar o país da quebra.
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