Nove dias após uma tentativa frustrada de atentado com bomba num voo entre Amsterdã e Detroit, nos Estados Unidos, os governos norte-americano e britânico anunciaram um endurecimento no controle da segurança em seus aeroportos, informou a Administração da Segurança nos Transportes (TSA).
A agência de segurança informou que a revista avançada visará voos dos países classificados pelo Departamento de Estado como “patrocinadores do terrorismo” – embora não citados, são Cuba, Irã, Sudão e Síria. Até a conclusão desta reportagem, nenhum deles havia se manifestado. Um funcionário ouvido pela agência Reuters disse que completam a lista Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen.
Os passageiros de voos vindos desses países serão revistados, terão sua bagagem de mão analisada e poderão passar por técnicas avançadas de detecção de explosivos e exames de imagem, de acordo com o funcionário. Além disso, todos os passageiros de voos internacionais poderão ser submetidos a revistas aleatórias.
O presidente Barack Obama condenou as falhas de segurança nos aeroportos do país depois que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentou explodir um avião no Natal. Obama prometeu “agir rapidamente para sanar as falhas” no sistema de segurança.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou ontem que deu luz verde à introdução gradual de scanners que permitem ver o corpo de passageiros através das roupas nos aeroportos do país, segundo informou a BBC. Os aparatos, testados em Heathrow entre 2004 e 2008 e atualmente em uso em Manchester, podem praticamente desnudar as pessoas, o que vem provocando críticas por causa da invasão de privacidade.
Iêmen
Hoje a França anunciou o fechamento por motivos de segurança de sua embaixada no Iêmen, seguindo EUA e Reino Unido. “O embaixador francês enviou uma mensagem aos nossos compatriotas que vivem no Iêmen pedindo para que sejam prudentes e fiquem atentos, pela situação atual. Também pediu que limitem seus deslocamentos”, disse o porta-voz da chancelaria da França, Bernard Valero.
Ontem, as embaixadas dos EUA e do Reino Unido foram fechadas temporariamente, após os dois governos alegarem ter recebido ameaças de ataque do grupo Al-Qaeda.
Ambos decidiram financiar uma unidade antiterrorista, ao mesmo tempo em que apoiarão o serviço de Guarda Costeira do país. Será pedido ao Conselho de Segurança da ONU para que aumente suas forças de paz na
Somália.
Brown convocou também, com o apoio de Washington e da União
Europeia (UE), uma cúpula global para discutir a radicalização no
Iêmen, que será realizada em 28 de janeiro, em Londres, em paralelo à
que acontecerá no mesmo dia sobre o conflito no Afeganistão.
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