Atualizada às 13h04
Os dados de pelo menos 4 milhões de funcionários federais norte-americanos foram hackeados após um ataque cibernético em massa, informaram as autoridades dos Estados Unidos. Segundo o Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), que esteve trabalhando com o FBI, os principais suspeitos da invasão são chineses, mas não se sabe se existe algum tipo de envolvimento governamental.
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Ataque é, possivelmente, o maior da história dos EUA
De acordo com o jornal The New York Times, os alvos pareciam ser números de registro da previdência social dos EUA e outras informações pessoais. Os ataques ocorreram em dezembro do ano passado, mas não foram detectados até este mês de abril e foram divulgados somente na noite desta quinta-feira (04/06).
“Por causa do incidente, o OPM enviará avisos a aproximadamente quatro milhões de indivíduos cuja informação pode ter sido comprometida”, explicou a agência, que emite e maneja as autorizações pessoais de acesso para os funcionários dos EUA.
Esse ataque cibernético pode ser o maior roubo de informação estatal já cometido contra os Estados Unidos.
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“É alarmante saber que hackers podem ter informação pessoal sensível de um grande número de funcionários. Ainda é mais alarmante que este seja só o último de uma série de ataques ao OPM”, declarou o presidente do comitê de Segurança Nacional do Senado, o republicano Ron Johnson.
A China, por sua vez, disse considerar “irresponsável” a acusação de que o ataque se originou no país e de que Pequim possa estar oficialmente envolvida.
Ataques a empresas
Em 8 de maio, os Estados Unidos pediram à China que investigasse supostos ataques cibernéticos contra empresas e interesses de Washington por meio de uma nova ferramenta chamada “The Great Cannon”.
Um mês antes, em 1º de abril, o presidente Barack Obama havia criado um esquema de sanções que serão aplicadas a indivíduos ou entidades estrangeiras responsáveis por ataques cibernéticos ou ciberespionagem. As ameaças cibernéticas são “um dos mais graves desafios à segurança nacional e à economia dos Estados Unidos”, ressaltou Obama na ocasião.
Além do OPM, empresas privadas dos EUA como Sony e o próprio Pentágono também foram vítimas de ataques de hackers estrangeiros durante os últimos meses.
(*) Com Efe