Sexta-feira, 18 de julho de 2025
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Os jornais franceses desta sexta-feira (04/11) desviam a atenção dos desdobramentos das eleições no Brasil e se concentram na votação de meio de mandato nos Estados Unidos, prevista para 8 de novembro, e nos recentes desafios do presidente norte-americano, Joe Biden, à frente do governo, diante de ameaças à democracia e a crise com a Opep. 

Indicando um “duelo duro”, o Libération ilustra toda a sua primeira página com uma imagem que opõe o presidente americano e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed ben Salmane, enfatizando como a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de reduzir sua produção irritou Washington, e de que forma o aumento do preço dos combustíveis vem sendo usado como arma de campanha pelos republicanos.

A poucos dias das eleições de meio de mandato, a oposição acusa o presidente democrata de ser o responsável por essa crise, explica o Libé.

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O chefe de Estado norte-americano também ocupa a capa de Le Monde, que destaca seu apelo pela defesa à democracia, quando os republicanos lançam suspeitas sobre os votos que já estão sendo depositados pelos correios, retomando uma estratégia de questionamentos instigada pelo ex-presidente Donald Trump ainda na ocasião do pleito de 2016.

Votação de meio de mandato nos Estados Unidos está prevista para 8 de novembro, e aponta desafios ao presidente democrata Joe Biden

White House/ Adam Schultz)

À frente do governo, governo Biden está diante de ameaças à democracia e a crise com a Opep

Democracia em perigo

Em uma chamada de capa, Le Figaro cita que, face ao aumento das tensões nos Estados Unidos, Biden alerta que a democracia do país estaria “em perigo”. A publicação faz referência ao pronunciamento de Biden na noite da última quarta-feira (02/11), quando o líder norte-americano acusou os partidários de Trump de estarem guiando o país “para o caminho do caos”.

Como no Brasil, a ameaça à democracia rouba a cena e ofusca as propostas de governo. É o que mostra o jornal Les Echos, ao sublinhar que temas sensíveis, como aborto, ou capitais, como a inflação, ficaram de fora da pauta de Joe Biden durante o discurso na Union Square, em Washington, não muito distante do Capitólio, onde “a democracia norte-americana se viu ameaçada em 6 de janeiro de 2021”.