Em expansão inédita, os Estados Unidos lançaram ataque aéreo contra o Estado Islâmico ao sudoeste de Bagdá, capital do governo central iraquiano, na madrugada desta terça-feira (16/09).
Efe
Secretário de Defesa dos EUA Chuck Hagel apresenta plano de combate ao EI no comitê das Forças Armadas em Washington
Segundo autoridades norte-americanas, a ofensiva foi realizada após forças iraquianas pedirem por assistência. Trata-se da primeira vez que os EUA usam força com a única intenção de proporcionar suporte às tropas de Bagdá na luta contra o grupo jihadista, segundo a Al Jazeera.
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Os bombardeamentos norte-americanos começaram no dia 8 de agosto sob justificativa de proteção aos diplomatas que atuam no país e por razões humanitárias. Os mais de 160 ataques aéreos limitavam-se então ao norte do Iraque para resgatar também civis de minorias religiosas, assim como para proteger a estratégica represa de Mossul e a cidade de Erbil, capital do Curdistão iraquiano.
“O ataque aéreo ao sudoeste de Bagdá é o primeiro de nossa campanha estendida para dar apoio às forças iraquianas, além de proteger nosso pessoal e das missões humanitárias”, explicou o Comando Central dos Estados Unidos em nota citada pela Efe.
Segundo a Reuters, os combatentes do Estado Islâmico derrubaram hoje um avião do Exército sírio, conseguindo pela primeira vez abater um jato militar desde a declaração do califado no país em guerra civil.
Efe
Soldados iraquianos fazem guarda na cidade de Mossul – a norte do Iraque, na região autônoma do Curdistão
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Novo plano de Obama
Na quarta passada, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que atacaria o grupo jihadista na Síria e ampliaria a campanha no Iraque, com uma ofensiva “implacável para enfrentar o grupo esteja onde estiverem”.
Para isso, o líder anunciou o desdobramento de 475 militares ao Iraque para treinar, assessorar e equipar as forças iraquianas e curdas, o que eleva para mais de 1.500 os militares norte-americanos no país.
“Perseguiremos os terroristas que ameaçam nosso país onde quer que estejam. Isso significa que não hesitarei em tomar ação contra o EI na Síria. Este é um princípio fundamental da minha presidência: se ameaça os Estados Unidos, não encontrará refúgio”, disse Obama em discurso na Casa Branca.
No entanto, os Estados Unidos descartam o envio de tropas de combate terrestre e insistem que a campanha é muito diferente das guerras da última década no Iraque e no Afeganistão.