Sexta-feira, 16 de maio de 2025
APOIE
Menu

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (21/02) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá assinar “em breve” uma ordem executiva com sanções contra os territórios separatistas da Ucrânia, Luhansk e Donetsk, alertando que mais restrições serão implementadas, se necessário.

A medida é imposta após o reconhecimento das repúblicas separatistas como regiões independentes pelo presidente russo Vladmir Putin.

Em comunicado, a porta-voz Jen Psaki informou que o governo democrata proibirá novos investimentos, atividades comerciais e financeiras dos norte-americanos nas duas províncias. “Os EUA anunciarão em breve, medidas adicionais relacionadas à flagrante violação de hoje dos compromissos internacionais da Rússia”, afirmou Psaki, acrescentando que há mais medidas para serem aplicadas “caso a Rússia invada a Ucrânia”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Segundo a norte-americana, o Departamento de Estado e o Tesouro dos EUA vão comunicar mais detalhes em breve. Nesta segunda, o governo britânico também afirmou que anunciará na terça-feira (22/02) uma série de sanções em resposta à decisão de Putin.

Putin reconheceu nesta segunda, em discurso televisionado, a independência das cidades ucranianas de Lugansk e Donetsk, regiões separatistas localizadas no território ucraniano, também conhecidas como Donbas.

Ordem acontece após Vladimir Putin, reconhecer a independência de Lugansk e Donetsk, regiões separatistas localizadas no território ucraniano

Flickr/ chuck holton

Ações ocorrem após a Rússia reconhecer as regiões de Luhansk e Donetsk, regiões separatistas localizadas no território ucraniano

A decisão do presidente russo amplia ainda mais a tensão entre Moscou e Kiev, principalmente na região fronteiriça onde estão localizados as cidades de Donetsk e Lugansk. Na última semana, autoridades da região acusaram o governo ucraniano de preparar uma ofensiva contra os separatistas e ordenaram a evacuação de civis para o território russo.  

Em discurso de quase uma hora transmitido em rede nacional, Putin destacou que a Ucrânia “não é somente um país vizinho”, mas também “uma parte importante de nossa história” e que os princípios da “livre confederação dos povos” estabelecidos durante a existência da União das Repúblicas Soviéticas foram um “erro” que fez com que a região do Donbass, onde ficam os separatistas, fosse “literalmente espremida”.

O mandatário afirmou que a Ucrânia foi “uma criação da Revolução Russa” de 1917. “Apesar de não ser possível mudar a história do que aconteceu na URSS, é preciso falar dela de forma direta”, disse, destacando que a Ucrânia nunca teve uma soberania própria, como afirmam os Estados Unidos.

Rússia envia tropas para ‘garantir segurança’ no leste da Ucrânia

Putin anunciou ainda nesta segunda o envio de tropas para a região leste da Ucrânia. O líder russo ordenou o Ministério da Defesa da Rússia a enviar forças armadas “para garantir a paz e segurança” em Donbass, a pedido dos líderes das duas províncias.

A movimentação foi autorizada por Putin no momento em que assinou o decreto de reconhecimento, informaram as agências russas Tass e Interfax.

(*) Com Ansa e Sputnik.