EUA deixam de enviar vistos a jogadores cubanos, e país é eliminado da Copa Ouro

A seleção de futebol de Cuba foi eliminada neste sábado (03/07) da Copa Ouro, torneio entre seleções das nações da América do Norte, Central e Caribe, após o governo dos Estados Unidos deixar de enviar vistos a alguns jogadores cubanos para o jogo que seria realizado na Flórida contra a equipe da Guiana Francesa. 

“Mais uma vez questões não relacionadas ao esporte impedem nosso país de competir em solo norte-americano em igualdade de condições das outras seleções, minando assim os preceitos do jogo limpo e os direitos legítimos de todas as delegações esportivas”, afirmou a Associação Cubana de Futebol em comunicado.

AFC | COMUNICADO OFICIAL‼️ pic.twitter.com/OwN3bdCj7w

— Asociación de Fútbol de Cuba ⚽?? (@CubaAsociacion) July 4, 2021

A associação disse ainda que o governo norte-americano não tem justificativa para negar a entrada dos jogadores da ilha no país ou impedi-los de competir no torneio. 

“Tamanho desrespeitoso merece não apenas nossa mais forte rejeição, mas a atenção urgente de instituições esportivas internacionais. Os atletas cubanos, aliás nenhum atleta no mundo, deveriam enfrentar um ultraje dessa natureza”, declarou. 

O jogador da seleção cubana Onel Hernandez reclamou no Twitter que o time treinou “por um mês inteiro” para se preparar para a Copa Ouro. “Como é possível que todos os nossos concorrentes estejam lá e nós não?”, questionou à Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concaf). 

We trained for a whole month preparing us for the @GoldCup in #America the game is today at 7 o'clock in #Miami we are all still sitting here in the hotel in #Nicaragua for visa for some players. How is that possible that all our competitors are there and we are not @Concacaf ?

— Onel Hernandez (@OnelHernandez23) July 3, 2021

Em nota, a Confederação alegou que “devido a problemas de viagem relacionados à covid-19 e seus vistos”, e ainda ao “regime de testes obrigatórios do novo coronavírus”, a partida contra a Guiana Francesa “não acontecerá”.