Apesar da reaproximação entre a Coreia do Norte e do Sul por conta dos Jogos Olímpicos de Inverno, americanos e sul-coreanos devem manter a pressão para que Pyongyang coloque fim a seu programa nuclear. A competição organizada por Seul, acontece de fevereiro, na cidade de Pyeongchang.
A declaração foi dada nesta sexta-feira (26/01) pelo secretário americano da Defesa, Jim Mattis, em Honolulu, antes de um encontro com o ministro sul-coreano Song Young Moo, no Comando Militar Americano para o Pacífico, em Camp Smith, no Havaí.
O secretário de Estado americano lembrou que, mesmo se os Estados Unidos veem com otimismo a retomada do diálogo entre os países vizinhos, as pressões econômicas devem ser mantidas. Segundo ele, a saída diplomática é sempre a melhor, mas o regime de Kim Jong-Un é uma ameaça para o mundo inteiro, “uma ameaça que necessita de uma solução internacional”, declarou.
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Jim Mattis afirmou que resposta a Pyongyang deve se diplomática, mas apoiada por “opções militares”
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Ele reiterou que a resposta às provocações de Pyongyang deve ser diplomática, mas apoiada por “opções militares, que estão à disposição para assegurar que os diplomatas possam se expressar em “posição de força”.
Jogos de Inverno reaproximam Norte e Sul
Na última terça-feira, uma delegação sul-coreana entrou pela primeira vez em dois anos em território norte-coreano, para iniciar os preparativos da organização dos Jogos de Inverno. A competição possibilitou uma aproximação sem precedentes entre os dois países e uma diminuição da tensão gerada pelo desenvolvimento acelerado dos programas balístico e nuclear da Coreia do Norte.
Os países devem desfilar juntos na cerimônia de abertura. O Norte enviará 22 atletas ao evento, que participarão de cinco disciplinas e três esportes: patinação artística e de velocidade, esqui alpino e de fundo e hóquei feminino.
Apesar disso, o país estará organizando um desfile militar no dia 8 de fevereiro, onde deverá exibir as últimas armas desenvolvidas pelo regime. Em setembro, o líder norte-coreano realizou o sexto teste nuclear norte-coreano, o mais poderoso até hoje. Kim Jong Un também supervisionou durante o ano vários testes de mísseis intercontinentais, com capacidade, segundo o Norte, de atingir os Estados Unidos. No ano passado, dois mísseis sobrevoaram o Japão.